domingo, 21 de dezembro de 2008

E Portuguêses continuemos a pagar a crise...estamos em recessão? Não?

TGV: Luís Amado afasta qualquer abrandamento no projecto

20 de Dezembro de 2008, 15:05

Viana do Castelo, 20 Dez (Lusa) - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, garantiu hoje que a crise não vai provocar qualquer abrandamento do investimento público nos grandes projectos comuns a Portugal e Espanha, nomeadamente no comboio de alta de velocidade (TGV).

"Não é este o momento de abrandar, não é essa a perspectiva. Pelo contrário", referiu Luís Amado, no final da Reunião Ministerial Luso-Espanhola sobre Cooperação Transfronteiriça, que hoje decorreu em Viana do Castelo.

Segundo Luís Amado, tanto o Governo português como o espanhol estão apostados em reforçar o investimento público em todas as infra-estruturas que se afiguram "fundamentais para gerar mais dinamismo económico nos dois lados da fronteira".

O governante especificou que, em tempo de crise, será feito "um grande esforço" nas infra-estruturas de comunicação, como o TGV, que permitirão "desencravar" algumas regiões e gerar "mais condições de desenvolvimento do potencial económico" e criar emprego.

Uma posição reiterada pelo ministro espanhol de Exteriores, Miguel Angel Moratinos, que sublinhou que, "num momento de grande incerteza e inquietação a nível mundial, é melhor que Espanha e Portugal unam esforços e tenham criatividade e vontade política para avançarem conjuntamente para superar os desafios do século XXI".

"Queremos que a cooperação transfronteiriça seja a coluna vertebral, o pilar essencial das relações entre Espanha e Portugal", acrescentou, lembrando que "já não há fronteiras" entre os dois países, "mas sim proximidade e intimidade e vontade de trabalhar conjuntamente, criando pólos de desenvolvimento, investigação e inovação".

Como exemplos, referiu o Laboratório Ibérico de Nanotecnologia que está a nascer em Braga e o Centro Ibérico de Energias Renováveis que será lançado na próxima Cimeira Luso-Espanhola, que decorrerá em Zamora, a 22 de Janeiro.

O encontro ministerial de hoje serviu precisamente para preparar a Cimeira de Zamora, que deverá ter ainda em cima da mesa temas como a revisão do regime de caudais dos rios comuns e a cooperação na área da protecção civil e da luta contra incêndios.

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