Sagitário A* é o nome do enorme buraco negro a 27 mil anos-luz da Terra descoberto por investigadores do Instituto alemão Max Planck com a ajuda dos telescópios de longo alcance da Organização Europeia para a Investigação Astronómica no Hemisfério Austral (ESO), localizados no Chile.

Desde 1992 que a equipa do astrónomo Reinhard Genzel perseguia o rasto de 28 jovens estrelas que orbitavam com uma precisão surpreendente no centro da Via Láctea, a galáxia a que pertence o nosso Sistema Solar.

Os buracos negros do Universo são regiões com uma força gravitacional tão forte que nada – incluindo a luz – lhes consegue escapar. Têm uma massa milhões ou milhares de milhões de vezes superior à do Sol. Neste caso, este buraco tem uma massa quatro milhões superior à do nosso Sol.

“O centro da galáxia é um laboratório único onde podemos estudar a gravidade, as dinâmicas estelares e a formação das estrelas”, salienta Reinhard Genzel na investigação publicada no The Astrophysical Journal.

Vão ser ainda necessários anos de estudo para que os astrónomos consigam provar aquilo que suspeitam: apesar da enorme força, os buracos negros serão os responsáveis pela formação das galáxias. Não apenas da nossa, mas de todas as galáxias do Universo.